Hoje, 11 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Cerrado. Ocupando 22% do território brasileiro, o Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, perdendo em área apenas para a Floresta Amazônica. Ao longo de sua extensão, o bioma apresenta diferentes formações vegetais (savânicas, campestres e florestais), sendo considerado a savana neotropical mais biodiversa do planeta.
No bioma existem mais de 12 mil espécies vegetais catalogadas, sendo que mais de 4 mil só ocorrem no Cerrado. Essas espécies estão organizadas e distribuídas no ambiente a depender de fatores como a profundidade dos lençóis freáticos, a qualidade do solo, a incidência solar e o relevo. Por esse motivo, o Cerrado não possui um único aspecto. Ao longo de sua extensão, é possível encontrar florestas, campos onde predominam gramíneas e arbustos e até campos cobertos de pedras e cactos.
Essa variedade de ambientes proporciona moradia para diferentes espécies de animais, fungos, protozoários e bactérias. O bioma tem 5% da biodiversidade do planeta, sendo o lar do lobo-guará e do pato-mergulhão. Esses são apenas dois exemplos dos ilustres moradores do Cerrado. Em realidade, estimativas sugerem que o bioma contenha 199 espécies de mamíferos, 180 de répteis, 864 de aves, 210 de anfíbios e 1200 de peixes. Além disso, apesar de pouco conhecida, estima-se que a diversidade de insetos no bioma chegue a 90 mil espécies.
Entretanto, apesar da sua riqueza biológica, não é incomum ouvir alguém se referir ao bioma como feio, seco, monótono e sem vida. A perpetuação dessa visão serve aos interesses do agronegócio, ajudando a justificar a exploração predatória do bioma. Não é à toa que a região do Cerrado é onde mais se expande o agronegócio brasileiro. E como resultado disso, desde 1970, metade do bioma foi convertido em extensas plantações e pastos para criação de gado.
Com o objetivo de mostrar a beleza e a riqueza da sociobiodiversidade do Cerrado, lançamos a campanha #AsCoresdoCerrado, encorajando o nosso público-seguir a postar as suas fotos da bioma nas redes sociais. O objetivo da hashtag é mostrar que o Cerrado não é desértico ou feio, pelo contrário, é cheio de vida e bonitezas.
Você pode acessar as outras imagens clicando aqui.
A Vida no Cerrado (AVINC) é um movimento socioambiental sem fins lucrativos, organizado e liderado por jovens cerratenses. O projeto surgiu em julho de 2020, a partir da inquietação de jovens universitários com os desmontes das políticas de proteção ambiental no Brasil.
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